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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SANTIDADE DE DEUS & SANTIDADE DO HOMEM.


“SANTIFICADO SEJA TEU NOME”: SANTIDADE DE DEUS & SANTIDADE DO HOMEM.
COSTA, Hermisten Maia Pereira da (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Introdução:
A idéia bíblica de santo e santidade é de se separação. Conforme o emprego comum
das Escrituras, "Santificar" significa separar algo do uso comum para um uso exclusivo,
peculiar; os termos bíblicos são utilizados exclusivamente no sentido religioso:
a) O sábado é um dia santo: (Ex 16.23; 20.8,11; 35.2); b) Israel é o povo santo de
Deus: (Ex 19.6); c) A Igreja da nova dispensação: (1Pe 2.9).
No Antigo Testamento, Arão, o sacerdote, carregava inscrito em sua mitra: "Santidade
ao Senhor" (Vd. Ex 28.36-38), indicando a sua consagração total ao serviço de
Deus.
Deus é absolutamente santo, majestoso em Sua santidade (Ex 15.11; Sl 99.9; Is 6.3)
e deseja do Seu povo uma vida de santidade.
1. “A Oração do Senhor”:
Na oração conhecida como Pai Nosso, ensinada por Jesus Cristo aos seus discípulos,
inicia assim: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado
seja o teu nome” (Mt 6.9).
A. SENSO DE PRIORIDADE:
Jesus ensina os seus discípulos a iniciar a oração com a meditação da glória de
Deus. Aparentemente simples, na prática, nos parece uma dura e disciplinadora lição.
Procuramos Deus nos limites de nossas forças, confessando de forma contundente a
nossa limitação; no entanto, Jesus Cristo nos desafia a esquecer as nossas questões,
os nossos problemas, e a conduzir os nossos olhos para a glória de Deus.
Jesus quer nos educar de tal forma, que tenhamos em tudo, a começar pela oração,
o senso de prioridade e de urgência. Ele nos mostra que por mais sérios e graves que
sejam os nossos problemas e preocupações, Deus deve ter a primazia. Nesta oração,
encontramos uma demonstração prática do ensino de Jesus: “Buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mt
6.33).
2
1. Santidade de Deus:
Neste ensinamento há outro ponto que deve se realçado: Quando oramos, estamos
falando com o nosso Pai. Todavia, devemos ter em mente também que Deus é
um Pai Santo, que deve ser reverenciado e adorado. Jesus, na oração sacerdotal, assim
se refere ao Pai: “Pai Santo” (Jo 17.11).
2. Oração como Ato de Elevar-se:
É impossível louvar a Deus sem que sejamos tomados de um reverente temor
diante da Sua grandeza (Sl 111.10).
O alto privilégio que temos de nos relacionar com Deus através de Jesus Cristo deve
estar sempre associado à visão da grandeza de Deus, que nos conduz ao Seu serviço
com santo temor. “... Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça,
pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o
nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12.28-29).
Davi inicia o Salmo 25 dizendo: “A ti, Senhor, elevo a minha alma” (Sl 25.1). O salmista
sabe a Quem se dirige, daí ele falar de elevar a sua alma: Deus é santo e soberano;
a oração tem sempre o sentido de enlevo espiritual ainda que seja de confissão
de pecados. Falar com Deus sempre é um ato de elevar a nossa alma.
3. Santidade do Nome:
Jesus declara a santidade do nome de Deus. O que significa isto? É necessário
que entendamos que, no mundo judeu, o nome significa a própria pessoa, por isso,
falar no nome de Deus é falar no próprio Deus: a Sua natureza e caráter. Na Oração
Sacerdotal Jesus diz ao Pai: “Manifestei (fânero/w)1 o teu nome (o)/noma) aos homens
que me deste do mundo...” (Jo 17.6-8). À frente: “Eu lhes fiz conhecer (gnwri/
zw/)2 o teu nome e ainda o farei conhecer (gnwri/zw/)....” (Jo 17.26). O Nome
1
O verbo Fânero/w palavra derivada de (􀀀 = “luz”), significa revelar, tornar conhecido, mostrar,
manifestar.
2
O verbo gnwri/zw é derivado de ginw/skw (conhecer, reconhecer, saber). Tanto o verbo conhecer
(ginw/skw) como o substantivo conhecimento (gnw=sij) denota um conhecimento experimental que
faz com que possamos discernir os fenômenos, compreendendo a realidade das coisas. Tem também, o
sentido de conhecimento pessoal. Jesus alega conhecer o Pai: “Pai justo, o mundo não te conheceu
3
de Deus é a Sua própria natureza. O nome envolve tudo quanto nos foi revelado a Seu
respeito: Todos os Seus atributos e todas as Suas obras. O nome de Deus está relacionado
à Sua revelação.3 Por outro lado, a santificação do Seu nome pressupõe o conhecimento
daquele a quem o nome representa; ou seja, conhecer experimentalmente
a Deus (Sl 9.10/Sl 20.7).
Nesta oração Jesus enfoca a honra de Deus entre os homens. Quando oramos estamos
desejosos de que o caráter santo e bondoso de Deus seja reconhecido e respeitado
entre os homens, como já sucede nos céus.
Aprendemos aqui que a oração deve ser sempre um ato de glorificação a Deus. Nós
o glorificamos quando reconhecemos quem é Deus e, pelo Espírito, nos dispomos a
cumprir a Sua vontade, proclamando a Sua majestade e glória reveladas no Seu nome
(Jo 17.4,6).
2. Oração e Submissão:
“.... Faça-se a tua vontade (Qe/lhma), assim na terra como no céu” (Mt 6.10). A oração
não é uma tentativa de mudar a vontade de Deus, mas sim a manifestação sincera
do nosso desejo de submeter-Lhe os nossos projetos, aspirações, sonhos e necessidades.
A submissão a Deus é um aprendizado da fé, através de nossa comunhão
com Ele.
Ao orarmos sinceramente, conforme nos ensinam as Escrituras, estamos submetendo
a nossa vontade a Deus; isto significa que não pretendemos ensinar a Deus, nem
mudar a Sua vontade; antes, nos colocamos diante dele dizendo: Eu creio que a Tua
vontade é a melhor para a minha vida, cumpre em mim todo o Teu propósito. A oração
revela o nosso desejo de que a vontade de Deus se realize. Portanto, oramos não
para que Deus realize os nossos desejos mas para que Ele concretize os Seus juízos.
A Oração do Senhor nos ensina a pedir a Deus que realize a Sua vontade aqui na
terra como é feita no céu. Oramos para que a vida na terra se aproxime o máximo possível
a do céu, onde os anjos cumprem perfeitamente a vontade de Deus (Sl 103.21).
(ginw/skw); eu, porém, te conheci (ginw/skw), e também estes compreenderam (ginw/skw) que tu
me enviaste” (Jo 17.25).
3
Heródoto registra uma tradição, relacionada com os Pelasgos, os quais em tempos antigos, sacrificavam
“aos deuses todas as coisas que lhes podiam oferecer (...) lhes dirigiam preces, não lhes dando, todavia,
nem nome nem sobrenome, pois nunca os viram designados por tal forma. Chamavam-nos deuses,
de um modo geral, considerando-lhes a função de estabelecer e manter a ordem no universo. Não
vieram a conhecer senão muito mais tarde os nomes dos deuses, quando os egípcios os divulgaram....”
(Heródoto, História, Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.], II.52).
4
3. Santificação: A Vontade Santa de Deus para os Seus:
As Escrituras ensinam enfaticamente que a salvação do homem não é um fim em si
mesma, antes é o início da vida cristã, através da qual nos tornamos filhos de Deus e
progredimos em santificação até à consumação de todo propósito de Deus em nossa
vida.
A. A VONTADE DE DEUS:
Uma das expressões bíblicas para expressar a vontade de Deus é o substantivo
grego Qe/lhma [derivado do verbo Qe/lw], que significa “vontade”, “desejo”, “intenção”.
Mesmo sendo esta palavra utilizada para a vontade do homem, ela é predominantemente
atribuída a Deus; e, neste sentido, enfatiza mais o elemento volitivo do que
o deliberativo, assinalando que Deus cumprirá a Sua vontade, o Seu propósito.
A santificação é o propósito de Deus para o Seu povo: "Pois esta é a vontade
(qe/lhma) de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição” (1Ts
4.3).
B. O SIGNIFICADO DA SANTIFICAÇÃO:
Cabe, aqui, uma definição operacional:
Santificação é "a graciosa e contínua operação do Espírito Santo pela qual Ele liberta
o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza à imagem
de Deus, e o capacita a praticar boas obras."4
Santificação, portanto, é o ato sobrenatural que se inicia com a regeneração, consistindo
no progressivo abandono do pecado em direção a Deus.
Deus é absolutamente santo, majestoso em Sua santidade (Ex 15.11; Sl 99.9; Is 6.3)
e deseja do Seu povo uma vida de santidade.
C. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A SANTIFICAÇÃO:
1. A Santificação e o Conhecimento de Deus:
A santificação tem como motivação primária a contemplação bíblica da majestade
de Deus. A tomada de consciência da grandeza, da santidade de Deus, deve nos
conduzir ao desejo de sermos santos conforme Ele é. A santidade de Deus realça o
4
L. Berkhof, Teologia Sistemática, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1990, p. 536.
5
nosso pecado, dando-nos consciência da nossa pequenez e impureza; a perfeição absoluta
de Deus revela os nossos pecados e as nossas imperfeições. O brilho da glória
de Sua majestade torna mais patente as nossas manchas espirituais. Foi esta a experiência
de Isaías diante da revelação de Deus (Is 6.5). A proximidade de Deus, nos faz
mais sensíveis a isto; a contemplação da gloriosa santidade de Deus, conforme registrada
nas Escrituras, realça de forma eloqüente a gravidade de nosso pecado. Além de
Isaías, outros servos de Deus ilustram este fato: Moisés, Jó, Ezequiel, Daniel, Pedro,
Paulo e João (Vd. Ex 3.6; Jó 42.5-6; Ez 1.28; Dn 10.9; Lc 5.8; 1Tm 1.15; Ap 1.17), entre
outros, tiveram, de modo doloroso, a percepção de sua pequenez, fragilidade e impureza
diante de Deus, que é puro de olhos e não pode tolerar o mal (Hc 1.13). .
A vontade de Deus é que O conheçamos – aliás este é o motivo fundamental da Sua
revelação: para que, confrontados com ela, nos rendamos a Deus, O adoremos, e neste
ato, sejamos santificados cada vez mais. Jesus, na “Oração Sacerdotal”, diz: "E a vida
eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste” (Jo 17.3).
Paulo considerou todas as outras coisas como perda, diante da realidade sublime do
conhecimento de Cristo; conhecer a Cristo era a sua prioridade (Fp 3.8).
O conhecimento de Deus é mais do que uma simples relação intelectual, antes, é
um envolvimento de fé, pela qual nos relacionamos pessoalmente com Ele, revelando
esta relação em santificação. Este conhecimento revela-se em obediência.
O nosso confronto com a santidade de Deus deve nos estimular ao crescimento espiritual
(1Pe 2.2).
2. A Santificação é um Processo:
A santificação começa com o nosso novo nascimento; todavia, ela jamais terá
fim nesta vida. Nós não somos perfeitos, nem o seremos, enquanto estivermos neste
modo de vida terreno; todavia, buscamos a perfeição; caminhamos em sua direção (Fp
3.12-14).
O pecado continuará em toda esta existência a exercer influência sobre nós; por isso,
qualquer conceito de perfeccionismo espiritual, que declare que o crente não mais
peca, é antibíblico. A Bíblia ensina enfaticamente que nós pecamos, mesmo após o
nosso novo nascimento. O que nos distingue da nossa antiga condição é que não mais
temos prazer no pecado; podemos até dizer que o pecado é um acidente de percurso
na vida dos regenerados. Antes o pecado comandava o nosso pensar e agir, agora ele
6
ainda nos influencia, todavia não mais reina.
Isto indica a necessidade do convertido adquirir novos hábitos pela prática da verdade
em amor (Ef 4.15). A graça de Deus é educadora (Tt 2.11-15), agindo através das
Escrituras, nos corrigindo e educando na justiça para o nosso aperfeiçoamento (2Tm
3.16,17). Todavia, continuaremos sendo pecadores até o fim desta existência. (Pv
29.9; Ec 7.20; Rm 6.20; 7.13-25; Tg 3.2. 1Jo 1.8). Contudo, não existem carências em
nossa vida cristã que não possam ser supridas pelo próprio Cristo, nosso Senhor; e Ele
o faz nos renovando através do Seu conhecimento pela Palavra.
Ao povo da Aliança que se desviara do caminho do Senhor, Este lhe diz: “Aprendei
a fazer o bem” (Is 1.17). A santificação é justamente isto; um santo aprendizado guiado
pelo Espírito, tendo como constituição normativa e legislativa do nosso pensar, agir e
sentir, a Palavra de Deus. Portanto, a santificação envolve uma nova “alfabetização”
espiritual guiada pela Palavra de Deus.
O crente é chamado a uma caminhada constante. Os cristãos eram reconhecidos
como aqueles que eram do caminho. (At 9.2; 18.26).
O cristianismo é essencialmente um caminho de vida, fundamentado na prática do
Evangelho, conforme ensinado por Jesus Cristo. A santificação é, portanto, um desafio
a perseguirmos este caminho, nos empenhando por fazer a vontade de Deus. Por isso,
a santificação nos fala de caminharmos sempre em direção ao alvo proposto por
Deus, com os nossos corações humildes, desejoso de agradar a Deus, de fazer a Sua
vontade com o sentimento adequado.
Esta concepção bíblica conduz-nos a outras:
a) A Santificação envolve um Combate Confiante:
Os cristãos apesar de sua nova natureza, terão que combater o pecado enquanto
viverem. Este combate será árduo; a Bíblia não poupa figuras para descrever
esta luta com cores vivas; todavia, a Palavra de Deus nos garante, com ênfase maior, a
vitória que temos em Cristo. Daí a nossa certeza de que devemos lutar contra o pecado,
sabedores que Deus é por nós nesta luta.
Paulo escreve aos coríntios atestando a realidade da tentação mas, ao mesmo tempo,
indicando que ela não é vitoriosa sobre nós: "Não vos sobreveio tentação que não
fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que
a possais suportar” (1Co 10.13).
7
Notemos que a promessa de Jesus se refere ao Seu socorro que nos conduz à vitória;
todavia, isto não exclui a gravidade da tentação, da luta contra a carne, o mundo e
o diabo. Em nosso desejo renovado de agradar a Deus, encontraremos sempre no
pendor de nossa carne uma luta contra este propósito, para que façamos a vontade do
velho homem, surgindo daí, um combate renhido. Todavia, a nossa nova natureza triunfará
pelo Espírito de Deus que em nós habita, cuja presença nos identifica como filhos
de Deus (Rm 8.9,14,16).
O escritor de Hebreus, tendo em vista o combate cristão, toma o sofrimento de
Cristo como um exemplo e estímulo para a Igreja: "Considerai, pois, atentamente, aquele
que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não
vos fatigueis desmaiando em vossas almas” (Hb 12.3). No momento seguinte, indicando
a gravidade deste combate, adverte os seus ouvintes: "Ora, na vossa luta contra o
pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue....” (Hb 12.4).
Contudo, apesar deste combate real – e não devemos minimizá-lo – a Escritura nos
mostra a segurança que temos em Cristo Jesus: "....Aquele que começou boa obra em
vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Pedro, à igreja perseguida e
provada, diz: "....Sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação
preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.5). Continua: "Nisto exultais" (1 Pe
1.6).
2) A Santificação e a Consciência do Pecado:
Vimos que a nossa santificação é um processo de crescimento espiritual, sendo
marcado por um combate violento; e que todavia, apesar disso, temos a vitória em
Cristo.
Faz-se necessário destacar que, em meio a esta luta, muitas vezes nos sentimos
como que totalmente vencidos, tendo a consciência aguda de nossa fraqueza e pecado,
com a nítida sensação de sermos derrotados, que as nossas provas vão além de
nossa resistência. O próprio Pedro que, conforme já indicamos, recomenda a exultação
da Igreja pelo fato de sermos guardados por Deus (1Pe 1.5-6), diz: "Nisso exultais,
embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias
provações” (1Pe 1.6). Paulo também, ao olhar para si mesmo, declara: "Desventurado
homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24).
Nós também talvez tenhamos nos sentido assim em diversas ocasiões, como o homem
"desventurado" e "miserável" diante da bondade de Deus. E, aqui, não há atenu8
ante; diante de Deus, da contemplação da Sua augusta presença, da meditação de
Sua majestade, conforme revelada nas Escrituras, todos nós nos sentimos miseráveis
pecadores, homens de lábios impuros, o principal dos pecadores, conforme expressão
de Paulo.
Entretanto, esta consciência de nosso pecado nos acompanhará sempre e, se me
permitem, digo mais: ela é uma das características dos homens regenerados, que
crescem em sua fé. A santificação traz consigo u’a maior consciência da grandeza de
Deus e concomitantemente de nossa pequenez; daí a genuína compreensão de nossa
miserabilidade diante de Deus. Quanto mais perto estivermos do Santo, mais certeza
da nossa impureza teremos. Antes, talvez não julgássemos pecado determinadas práticas
triviais de nossa vida; agora, porém, já não nos sentimos bem neste procedimento,
temos uma consciência mais apurada da santidade de Deus e do que Ele requer de
nós; assim, crescer em santidade significa aprimorar a consciência de nossas falhas.
Deste modo, Paulo, nos seus últimos anos de vida, escreve: "Fiel é a Palavra e digna
de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal" (1Tm 1.15).
O nosso conforto é que mesmo Deus sendo santo, não podendo conviver com o pecado,
odiando a iniqüidade (Is 61.8), e nós sendo miseráveis pecadores, Ele nos perdoa
e purifica quando, arrependidos, lhe confessamos os nossos pecados: "Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar
de toda injustiça” (1Jo 1.9).
3) A Santificação tem um sentido escatológico:
Já indicamos que a Santificação é um processo que não encontra a sua perfeição
nesta vida. A sua conclusão se dará em nossa glorificação futura, quando Deus
completar a Sua obra iniciada em nós (Rm 8.29-30: Fp 1.6). Nesse sentido, a consumação
da santificação tem dois aspectos: um espiritual e outro físico: espiritual, em
nossa alma quando morrermos; físico, quando Cristo voltar em glória, ressuscitarmos e
tivermos os nossos corpos glorificados. Assim, a santificação será total. A perspectiva
do encontro com Cristo, quando Ele regressar em glória, deve nos motivar hoje, solicitamente,
à santificação, a fim de vivermos em santidade na Sua presença, puros como
Ele é puro.
A santidade perfeita no céu encontra os seus primórdios na vida dos cristãos aqui na
terra. Isto indica a nossa responsabilidade presente. "Amados, agora somos filhos de
9
Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E a si
mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro" (1Jo
3.2-3).
Cristo morreu por nós para que Ele nos apresentasse "a si mesmo igreja gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27).
Dentro desta perspectiva, a Igreja procura viver de forma santa, para se encontrar com
Cristo, conforme o Seu propósito sacrificial.
O desejo da Igreja deve ser de se encontrar com Cristo de forma íntegra e irrepreensível;
por isso a Igreja é chamada a viver hoje na presença de Deus, estando sempre
preparada para o Seu encontro final e jubiloso com o Senhor Jesus; este era o alvo da
intercessão de Paulo, conforme vimos (1Ts 5.23).
Jesus Cristo, que se santificou pela Igreja e que se entregou por ela, exerce o Seu
poder para apresentá-la com alegria a Si mesmo, uma Igreja irrepreensível, diante do
escrutínio da Sua glória. O apóstolo Judas encerra a sua epístola com uma doxologia,
cuja primeira parte nos diz: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços
e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Jd 24. Ver: Ef
5.25-27).
O nosso padrão de santidade não é um simples “melhoramento” diante dos padrões
humanos, mas, sim, sermos conforme Cristo: Fomos eleitos para Cristo, a fim de sermos
“conformes à imagem” dele; portanto devemos ser seus imitadores, seguindo as
suas pegadas (Vd. Rm 8.28-30/ Jo 13.15; 2Co 3.18; Ef 4.32; 5.1-2; Fp 2.5-8; 2Ts 2.13;
1Pe 1.13-16; 2.21).
4) A Santificação é Imperativa:
A santificação é um imperativo expresso por Deus em Sua Palavra, para todos
os Seus filhos. De fato, não pode existir vida cristã estagnada, acomodada. A vida
cristã é um desafio à santidade, conforme o propósito de Deus.
Deus nos chama à santidade, conforme o Seu propósito sábio, soberano, santo e
eterno. Sendo assim, a santificação faz parte essencial da vida da Igreja.
A santificação é uma vocação incondicional de todo o povo de Deus. Deus nos elegeu
na eternidade com este propósito (Ef 1.4). De fato, não há salvação sem santificação.
A nossa eleição e salvação se evidenciam em nossa santificação; em nosso desejo
de fazer a vontade de Deus. A Palavra de Deus estabelece uma relação intrínseca
10
entre a nossa responsabilidade de santificação e o nosso chamado (Rm 1.7; 1Co 1.2;
Ef 1.4; 2Ts 2.13).
Considerações Finais:
A consideração sobre a santidade de Deus é um desafio constante a vivermos de
modo santo, em todas as nossas relações. A santidade não é simplesmente uma abstração,
antes é uma meta de vida para todo cristão na sociedade. Deste modo, quando
oramos "seja feita a Tua vontade", estamos, na realidade, pedindo que o Deus Santo
cumpra o seu propósito eterno de santidade em nós, que realize de forma plena o alvo
de nosso chamamento. E, concomitantemente, estamos conscientes de nossa responsabilidade,
pedindo humildemente a Deus que nos capacite a fazer a Sua vontade,
conforme o Seu propósito eterno.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A MORTE DE JESUS


             ISAÍAS  53:5 – Mas ELE foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas  iniquidades: o CASTIGO que nos traz a paz estava sobre ELE, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
                            Introdução:  A pregação desta “noite”,  vem demonstrar o quanto foi a profundidade do Amor de Deus para com a vida do homem,  e entendermos o que Jesus passou na Cruz.  
                            Citamos a profecia que aponta para o Sacrifício do Senhor JESUS CRISTO,  mas, que NÃO  justifica o motivo da morte do nosso Salvador. Muitos lêem estes versículos, mas, não entendem a profundidade que eles trazem.
                          Desenvolvimento:  Deus na sua Santidade,  não aceita o pecado,  mas, ama o pecador. A vontade de Deus é que o homem volte a ter comunhão com ELE, e viva  as bençãos que Adão e Eva tinham antes do pecado da desobediência.  Eles ao pecarem foram expulsos de sua presença,  gozavam da  Vida Eterna, mas escolheram a Morte,  e sofreram a  Justa consequência  ( o salário ) dos seus pecados foram expulso do éden, e com isso morreram.
                                                   Deus não esqueceu do homem,  ELE providenciou o resgate da Alma do pecador, através do Sacrifício de seu próprio FILHO, como a palavra diz: João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu FILHO Unigênito, para que todo  aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.   
                                                   O Senhor através dos séculos, apontava para morte de Jesus Cristo, através da figura do sacrifício cordeiro. E para entendermos melhor o que Jesus Cristo passou na cruz, devemos entender o sacrifício que fora determinado por DEUS, em que uma vez por ano, o sumo-sacerdote entrava no templo, com sangue do cordeiro, e oferecia o sacrifício por ele ( sumo-sacerdote), pelo povo e pelo templo:
                                                  (Lev 16:20 após, espargir o sangue no Santos dos Santos,  era trazido o bode emissário (ou bode expiatório) VIVO em que o sumo-sacerdote “21 - (Arão) impunha as mãos sobre a cabeça do animal e confessava todas  as inquidades dos filhos de Israel, e todas as transgressões, segundo todos os seus pecados”  “22 – assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades...”)
                                             Então, entendemos que Jesus na cruz do calvário além de ter sido o cordeiro de Deus, também, foi o bode emissário tomando sobre si as nossas iniquidades e pecados.  Diante de tal fato, Jesus se torna maldição, em nosso lugar porque nossos pecados estavam sobre ELE,  momento em que Jesus  disse:  “ Eli, Eli lama sabactani, isto é Deus meu, Deus meu porque me desamparaste?” Mat. 27:46.                                                                        
                                               Ali Jesus sofre a maior dor que poderia sofrer, não foram os socos, os tapas, a coroa de espinho, a humilhação, mas sim   A FALTA DE COMUNHÃO COM  O PAI.  O que nos faz entender  novamente, a oração no Getsêmani quando Jesus ora: “Meu Pai, se é possível , passa de mim este cálice”, ...Mat.26:39.
                                            Todo este sofrer de nosso Salvador, não foi apenas um ato de Amor, houve muito mais, pois, o Amor do Deus para com o pecador não exigiria a morte de Jesus Cristo, já que ELE como DEUS absoluto bastaria tão somente, perdoar nossos pecados, (exemplo do homem no corredor da morte, que alcança perdão do Governador - EUA).
                                             Se DEUS nos perdoasse quem iria questioná-lo, ELE é o Criador de todas as coisas tem o poder da vida e da morte. (citar Jó 40:8 Porventura também farás tu vão o meu juízo, ou me condenará, para te justificares?)
                        Conclusão:  Na verdade todo o sofrer do Senhor Jesus Cristo na cruz, foi  Amor, mas, também um ato de Santificação (Justiça).  Deus é Santo e em sua santidade está incluída a Justiça. Deus é Justo Ele não se corrompe e nem se deixa corromper, nele não há pecado, ELE é o Todo-Poderoso, não há erro ou engano em seus juízos,  e na cruz Jesus Cristo declara que ELE é Santo como seu Pai é Santo.  Como Deus no Velho Testamento nos faz entender que o pecado trazia a morte ao pecador, que é a consequência dos seus atos ( a MORTE). 
                                              E é por este motivo, que Jesus Cristo teve que morrer devido a sua Santidade e de DEUS, ainda que o juízo aplicado fosse sobre si (Jesus Cristo),  como foi dito não há jeitinho para DEUS, como Jesus tomou sobre si nossos pecados ELE para cumprir toda a Lei (Mat. 5:17) tinha que morrer. 
                                             Só é possível entender a morte de Cristo na cruz, endentendo a Santidade de  DEUS.  E novamente somos esclarecidos o que a palavra afirma em Hebreu 12:14 -  “Segui a paz com todos, e a SANTIFICAÇÃO, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
                                              Jesus Cristo ao morrer na cruz ELE declarou que é Amor,  e que é Santo. Ele glorificou com sua morte a DEUS,  nos como ELE somos convidado a morrer para este Mundo, mas, reviver para  DEUS. “ Gl. 2: 20 “ Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...!
                       
                                     Santo, Santo, Santo é o Senhor do Exércitos!!! 

domingo, 2 de dezembro de 2012

OS MAGOS DO ORIENTE


OS MAGOS DO ORIENTE
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra. Mateus 2:11
O texto que lemos fala do nascimento do Senhor Jesus, algo muito mais profundo e especial, do que uma festa comercial, comemorada no mundo todo, que é mais uma maneira que o homem encontrou de usar o Senhor para os interesses desta vida, se desviando do projeto de Deus que é Salvação.
Acerca deste acontecimento, deste momento maravilhoso, existem na palavra muitas revelações, muitos fatos que profeticamente apontam para os nossos dias como:
A dúvida de José ao saber que Maria estava grávida sendo eles desposados pensando em abandoná-la e sendo visitado pelo anjo que lhe revelou que aquilo era uma benção do Senhor para eles: mostrando a necessidade de que cada um tem que ter a sua experiência de Salvação, que Jesus revelado é uma experiência pessoal, particular entre o homem  e o Senhor.
Jesus gerado em Maria através da operação do Espírito Santo: Maria tipo da Igreja fiel onde o Espírito está operando gerando Jesus, o nome de Jesus, Yeshua significa Salvação, o Espírito Santo está gerando Salvação, entre outros fatos importantes e proféticos.
Nesta passagem em especial fala sobre os magos do Oriente, que não eram Reis, eram astrônomos, que é diferente de astrólogos, astrônomo é aquele que estuda os astros, estuda os planetas e as estrelas, dando até mesmo nome para os mesmos, fazem uma espécie de mapa do céu, eram os cientistas da época, e astrólogo é aquele que  estuda os astros, mas de forma mística, usam os astros para ler sorte, para a operação do engano, algo totalmente fora daquilo que é palavra de Deus.
Então esses estudiosos estavam atentos sobre uma estrela diferente, que estava se movendo, e crendo que aquilo era um sinal de Deus, de que algo muito importante estava para acontecer, algo extraordinário que era nascimento de Jesus o desejado das nações, então eles seguiram aquela estrela e ela parou em cima de uma casa, a estrela os levou até a casa do Senhor Jesus, ou seja quando eles encontraram o menino já não estava mais na manjedoura, mas estava em casa, quem encontrou Jesus na manjedoura foram o Pastores de Belém, então aqueles magos estavam ali para adorar ao Senhor Jesus, pois só Ele é digno de toda Glória, toda Honra e todo Louvor, e houve ali não uma troca de presentes, mas aqueles magos ofertaram dádivas ao Senhor, pois para eles era um privilégio estar ali participando daquela grande benção, conhecer o filho de Deus, o Salvador, e eram três presentes Ouro, Incenso e Mirra, cada um desses presentes tem um significado muito especial, e são estes presentes que nós recebemos do Senhor quando Ele nasce em nossos corações.
O 1º deles é o Ouro – que fala do poder de Deus é quando nós chegamos a presença do Senhor vemos, a glória do Senhor manifesta através do Espírito Santo, sonhos, visões, revelações, um novo caminho nos é apresentado, um caminho de bênçãos que são derramados da Eternidade sobre as nossas vidas, algo tão maravilhoso e especial, que nunca poderíamos imaginar, uma Alegria inexplicável, é o Poder de Deus em nossas vidas.
O 2º deles é o Incenso -  o Incenso fala da oração, pois no velho testamento o sumo sacerdote entrava junto com os sacerdotes no lugar santo e acendiam o incenso enquanto o povo ficava do lado de fora orando, então assim como a fumaça do incenso subia aos céus, a oração do povo subia a Deus na Eternidade, então depois de ver o Poder Deus o Senhor nos ensina a orar seja glorificando, seja intercedendo, nossa oração tem subido e o Senhor tem nos respondido.
O 3º é a Mirra – A Mirra é uma planta que quanto mais ela é esmagada mais ela ezala o seu perfume, só depois de receber os outros dois presentes que o servo recebe este 3º, ele viu o poder de Deus, ele aprendeu a orar então ele está estruturado para receber a mirra que fala das lutas e provas, das dificuldades que vem sobre a vida do servo, então mesmo Deus que revelou o Seu poder no Ouro, que ensinou a orar no Incenso,  é Aquele que vai te fazer vencer na Mirra, ai então com a Vitória o servo irá ezalar o seu perfume, pois através da provas vem o perfeito louvor, a Adoração ao Senhor que esteve contigo em cada etapa da caminhada, mostrando este Projeto que perfeito, tudo vem na hora certa, e na ordem certa, se fosse diferente se converteu hoje luta nele, não permaneceria um dia na Obra, por que a estrutura não suportaria, mas o Senhor é aquele que nos aperfeiçoa, que tem nos preparado para um presente especial que é Salvação, é vida Eterna. Glória a Jesus!!!

O NASCIMENTO DO SENHOR JESUS


O NASCIMENTO DO SENHOR JESUS
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 
Lucas 2:10-11
Estamos nos aproximando de uma data festiva que é celebrada no mundo todo, que é o Natal, uma festa onde há até mesmo uma alegria uma confraternização entre as famílias, mas é uma festa mais comercial do que qualquer outra coisa, foi mais uma forma que encontraram de usar o Senhor Jesus para os interesses desta vida, mais uma heresia (mentira que parece verdade) colocada para desviar o homem do Projeto de Deus que é Salvação.
Mas nós cristãos que conhecemos a verdade, sabemos que há um significado muito especial, muito profundo a respeito do nascimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Muitas das vezes ouvimos falar Jesus de Nazaré, mas Jesus não nasceu em Nazaré, Maria era de Nazaré mais José se alistou para o exército, e eles foram morar em Belém e ali Jesus nasceu cumprindo assim as profecias do Velho Testamento, Belém significa Casa do Pão, onde há o alimento, o sustento, todas as necessidades são supridas, apontando para os nossos dias onde nós encontramos todos esses benefícios na Igreja Fiel.
O texto que lemos fala da experiência dos Pastores de Belém, estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. Era um dia comum na vida deles,  pois estavam seguindo a sua rotina, seu caminho natural, mas algo inesperado aconteceu naquele dia, algo maravilhoso, algo extraordinário aconteceu na vida daqueles pastores, a palavra diz que um anjo do senhor veio sobre eles e a glória do Senhor os cercou de resplendor, a noite fala do momento profético que estamos vivendo, que é o momento das trevas, neste momento existe aqueles que estão vigilantes, despertados e também aqueles que estão dormindo, estão desapercebidos, aqueles que estão vigilantes são aqueles que receberam uma experiência de Salvação, que foram  separados para ter este privilégio que é o nascimento de Jesus em seu coração, o dia em que o Senhor falou de uma forma especial, nos visitou, dia em que a luz do Senhor resplandeceu sobre as nossas trevas, cada um dos irmãos neste momento deve estar se lembrando deste dia tão maravilhoso, algo tão particular, algo que nos marcou, é a marca do Espírito Santo, o Senhor falou, conosco, através do louvor, da palavra, da glorificação, dos dons espirituais, o Senhor se mostrou conhecedor da nosso coração, da nossa necessidade e se mostrou a nossa disposição para nos ajudar, para cuidar das nossas vidas, colocou em nosso coração uma Alegria que não se compara com nada desta vida, algo que veio da Eternidade e nos alcançou é a Alegria da Salvação.
Mas havia aqueles que estavam dormindo estavam ali em volta, mas não participaram daquela benção, as vezes nós nos questionamos, queria tanto que meus familiares também sentissem essa alegria que tenho sentido, essas bênçãos que o Senhor tem derramado sobre a minha vida queria tanto compartilhar com eles, mas a palavra diz que há um tempo oportuno para todas as coisas, o Senhor tem esta benção para eles também apenas não chegou o hora, basta buscarmos nos Senhor e no tempo certo, no tempo perfeito, que é o tempo Deus ele estará operando esta benção.
E o anjo disse não temais, trago  novas de grande alegria, que será para todo o povo. Pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, Cristo o Senhor. Jesus era da genealogia de Davi o Rei que travou grandes batalhas em favor da obra do Senhor e foi vitorioso em todas elas, assim como Jesus que também travou grandes batalhas e foi Vitorioso, havia grande alegria naquele dia pois havia, nascido o Salvador Cristo o Senhor, aquele que é a Água da Vida, o Pão da Vida, o Lírio dos Vales, a Rosa de Sarom, a Rocha Eterna, tudo isso é muito mais, se fossemos falar todos os adjetivos do Senhor Jesus ficaríamos muito tempo aqui. Louvado seja nome do Senhor.
E o anjo disse mais: e será por sinal encontraram o menino em uma manjedoura, então imaginamos, mas como, o filho do Deus vivo nasceu, e foi colocado ali em um lugar tão simples, tão humilde, a palavra diz que não havia lugar para ele na estalagem, não há lugar para o Senhor Jesus no mundo, aquilo que é a Obra não se mistura com as coisas desta vida, o Santo não se mistura com o Profano, o Senhor nasce na manjedoura que fala do coração daquele que é pobre e necessitado da benção do Senhor, daquele que não está preso naquilo que é material, naquilo que é desta vida, mas que almeja algo melhor, algo espiritual, algo da Eternidade, o Senhor Jesus nasceu em nossos corações e continuará nascendo no coração dos necessitados, gerando vida, e vida em abundância, gerando Salvação.

Boas Novas de Grande Alegria

Introdução (Boas Novas de Grande Alegria)
“Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” – João 17:24
O que Jesus quer neste Natal?

Nós podemos ver a resposta nas suas orações. O que Ele pedia a Deus? A sua oração mais longa está em João 17. O clímax dos Seus pedidos está no verso 24.

Entre todos os pecadores indignos do mundo, existem aqueles que Deus “deu para Jesus.” Esses são aqueles que o Pai trouxe para o Filho (Jo 6:44,65). Esses são cristãos – pessoas que “receberam” Jesus como o crucificado e ressurreto Salvador e Senhor e Tesouro de suas vidas (Jo 1:12; 3:17; 6:35; 10:11, 17-18; 20:28). Jesus disse que deseja que eles estejam consigo.

Às vezes, nós ouvimos as pessoas dizerem que Deus criou o homem porque Ele estava solitário. Eles dizem: “Deus nos criou para nós estivéssemos com Ele.” Jesus concorda com isso? Bem, de fato Ele diz que realmente queria que nós estivéssemos com Ele! Sim, mas por quê? Consideremos o resto do versículo. Por que Jesus queria que nós estivéssemos com Ele?

…para que vejam a minha glória que [Tu, Pai] me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
Essa seria uma maneira estranha de expressar sua solidão. “Eu os quero comigo para que possam ver a minha glória.” De fato, isso não expressa solidão dele. Isso expressa a sua preocupação quanto à satisfação do nosso anseio, e não de sua solidão. Jesus não é solitário. Ele e o Pai e o Espírito são profundamente satisfeitos na comunhão da Trindade. Nós, não ele, estamos famintos por algo. E o que Jesus deseja para o Natal é que experimentemos aquilo para que fomos realmente criados – contemplar e experimentar a sua glória.

Ó, que Deus penetre isso em nossas almas! Jesus nos fez (Jo 1:3) para vermos a sua glória.

Um pouco antes de ir para a cruz, ele pede seus desejos mais profundos ao Pai: “Pai, Eu desejo [Eu desejo!] que eles… estejam comigo, para que vejam a minha glória.”

Mas isso é apenas metade do que Jesus queria nesses versos finais e culminantes de sua oração. Acabei de dizer que fomos, de fato, feitos para contemplar e experimentar a sua glória. Não era isso que Ele queria – que não apenas pudéssemos ver a sua glória, mas também experimentá-la, nos satisfazer nela, nos deleitar nela, fazer dela o nosso tesouro, e amá-la? Considere o verso 26, o último verso:

Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.
Esse é o final da oração. Qual é o propósito final de Jesus para nós? Não que simplesmente víssemos a Sua glória, mas que nós o amássemos com o mesmo amor que o Pai tem por Ele: “a fim de que o amor com que [Tu, Pai] me amaste esteja neles, e eu neles esteja.”

O anseio e propósito de Jesus é que vejamos sua glória e então sejamos capazes de amar o que vemos, com o mesmo amor que o Pai tem pelo Filho. E Ele não quer dizer que nós meramente imitamos o amor do Pai pelo Filho. Ele quer dizer que o próprio amor do Pai se torne o nosso amor pelo Filho – que amemos o Filho com o amor do Pai pelo Filho. Isso é o que o Espírito se torna e derrama em nossas vidas: Amor ao Filho pelo Pai através do Espírito.

O que Jesus mais quer para o Natal é que seus eleitos estejam reunidos e, então, consigam o que eles mais desejam – contemplar Sua glória e, então, experimentá-la com o mesmo saborear do Pai pelo Filho.

O que eu mais quero para o Natal nesse ano é juntar-me a você (e a muitos outros) em contemplar Cristo em toda sua plenitude e que juntos sejamos capazes de amar o que vemos, com um amor que vai muito além de nossa vacilante capacidade humana. Esse é o nosso objetivo nesses devocionais para o Advento. Queremos, juntos, contemplar e provar esse Jesus cujo primeiro “advento” (vinda) celebramos, e cujo segundo advento antecipamos.

Isso é o que Jesus pede por nós neste Natal: “Pai, mostre-lhes a minha glória e lhes dê o mesmo deleite em mim que Tu tens em mim.” Ó, que possamos ver a Cristo com os olhos de Deus e saborear a Cristo com o coração de Deus. Essa é a essência do céu. Esse é o presente que Cristo veio comprar para pecadores ao custo de Sua morte em nosso lugar.